terça-feira, 29 de julho de 2014

Onde o Brasil é número no Futebol. Mas o contribuinte vai pagar.

A matéria do portal EstadioVip.com.br nos dá uma clara idéia do único lugar onde o futebol brasileiro é número 1 no ranking - As dívidas dos Clubes.
Para ver a matéria original, clique no link.
Aqui está uma reprodução do mapa financeiro dos clubes brasileiros, o cenário é caótico. Não que eu seja ingênuo de achar que somente os clubes brasileiros têm dívidas dessa grandeza, porém o fato de saber que o nosso país tem sérios problemas com a corrupção e que a paixão futebolística sempre foi moeda de troca no cenário politico, aliado ao fato de que boa parte do montante das dívidas são com o fisco brasileiro.
Isto posto, é um passo muito curto para que o perdão dessas dívidas sejam condicionadas a apoio eleitoral num futuro bem próximo. Ou todos acham que a Dilma sentou-se a mesa com os presidentes dos grandes clubes brasileiros após a Copa porque está preocupada com os atletas e o Bom Senso F.C.???
Vem coisa grossa por ai, e como sempre o contribuinte é que vai pagar o pato.
Eis o cenário traçado e demonstrado pelo Estadio Vip.

O consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi apresentou a edição 2013 de seu estudo anual Finanças dos Clubes Brasileiros. Para ele, o desequilíbrio é a marca desse ano, com os clubes trabalhando de forma alavancada, com forte aumento dos custos do futebol contra um baixo crescimento das receitas, conforme vocês verão integralmente nesse post.
O pequeno crescimento das receitas foi atenuado pelo volume das operações de transferências de atletas, que, apesar disso, ficaram fortemente concentradas em poucos clubes e atletas.
Segundo Amir, o “aumento dos déficits dos clubes comprova a falta de equilíbrio entre as receitas e despesas, não apenas com os custos com futebol, mas também em suas despesas administrativas e principalmente despesas financeiras. Os clubes buscam nos empréstimos recursos para financiar suas atividades, aumentando seu endividamento e consequentemente suas despesas”.

Veja o endividamento do ano passado em até 23 clubes do Brasil

Indo além, ele concluiu que a bolha financeira de nosso futebol é uma realidade, e deve ser enfrentada com “austeridade e racionalidade” nas decisões a serem tomadas futuramente, concluindo que “os grandes clubes brasileiros precisam rever seu modelo descontrolado de gastos e sem viabilidade comercial. As receitas geradas não são suficientes para o tamanho de suas despesas”.
Vamos, então, ao estudo, que considera sempre os 20 maiores clubes em receitas de cada ano. Atlético Paranaense e Bahia não haviam apresentado seus balanços até o final do trabalho e por isso ficaram fora dessa análise.
Receita total dos maiores clubes brasileiros
Os 20 maiores clubes em receitas do Brasil apresentaram um faturamento conjunto de R$ 3,1 bilhões em 2013, praticamente o mesmo valor registrado em 2012. Esse resultado representou um crescimento de 0,2% em um ano.
Desde 2003 os 20 clubes em receitas do Brasil viram suas receitas crescerem 375%. O resultado de 2013 foi o que teve o pior crescimento de toda a série histórica, somente melhor que 2006, quando houve retração das receitas.




A distribuição das fontes de receita
O ano de 2013 foi muito impactado pela redução das receitas de TV, por conta das luvas recebidas pela Rede Globo em 2012 e que não se repetiram em 2013. Por outro lado houve um aumento substancial das receitas com transferências de atletas que contribuíram decisivamente para o pequeno aumento das receitas em 2013.
Com isso houve uma mudança na participação das fontes de receitas com queda das Cotas de TV e aumento das transferências de atletas. Um destaque positivo foi o aumento da bilheteria de alguns clubes, que possibilitou que essa fonte crescesse em participação em 2013.









Receitas sem transferências de atletas
Analisando o crescimento das receitas dos maiores clubes brasileiros sem o impacto das transferências dos atletas é possível ter uma visualização mais exata do crescimento operacional dos clubes.
Os clubes analisados viram suas receitas sem as transferências de atletas caírem em -2%, o pior resultado em toda a série histórica.




Custos do Departamento de Futebol
Em 2013, os custos com futebol dos clubes analisados atingiram R$ 2,3 bilhões, contra R$ 1,9 bilhão de 2012, um crescimento de quase 20%. No mesmo período as receitas cresceram apenas 0,2%.
Esse valor de 2013 representa 73% das receitas. Em 2012 o indicador era de 62%. Os custos com futebol dos clubes não param de subir, realidade verificada desde 2003. Enquanto as receitas no período cresceram 375% os custos com futebol se elevaram em 452%.
Nas receitas dos clubes há mais de R$ 700 milhões em transferências de atletas, que trouxeram um certo equilíbrio ao indicador. Em 2012 foram as luvas da Globo que equilibraram os números.

tabela 3

Superávits/Déficits do exercício
Os clubes fecharam com grandes perdas em 2013, um total de déficits de R$ 258,4 milhões. Uma piora de 186% em relação a 2012.
Nos últimos 3 anos, os 20 clubes somaram R$ 726 milhões em déficits, nos últimos 6 anos R$ 1,8 bilhão e desde 2003 tiveram perdas acumuladas de R$ 2,5 bilhões.

superavitstabela 4

Dívida total dos clubes
As dívidas dos clubes analisados somaram R$ 5,1 bilhões, um aumento de 6% em comparação com 2012, quando as dívidas foram de R$ 4,8 bilhões.
Isso foi ocasionado pela apresentação de nossas dívidas dos clubes em 2012 em seus balanços de 2013. Os números de 2012 foram reapresentados e isso fez com que as dívidas de 2011 para 2012 crescessem em 25%.
Em 3 anos as dívidas desses clubes cresceram 33% e desde 2003 aumentaram em 415%.
evolução 4tabela 5

Dividas fiscais dos clubes
As dívidas fiscais dos clubes analisados somaram R$ 2 bilhões, um aumento de 11% em comparação com 2012, quando as dívidas foram de R$ 1,8 bilhão.
Em 3 anos as dívidas fiscais desses clubes cresceram 33% e atualmente representam 40% do total de suas dívidas.
evolução 4tabela 6

20ª edição do Na Marca da Cal

Ontem reuniram-se na residência do Sócio Conselheiro Gilberto de Costa os integrantes da diretoria do Deportivo Mustela para a gravação da edição histórica do Na Marca da Cal. Histórica porque trata-se da 20ª Edição do Programa.
Estiveram lá Rafael Mejolaro, Marcelo Carraro, Danei Lahm, Jaderson Leal e Leandro Scarsi e assunto não faltou. Foram abordadas curiosidades sobre o futebol trazidas por Rafael e Marcelo, a dança dos técnicos no campeonato brasileiro com uma lista de sugestões de treinadores para o Grêmio trazidas pelo Jaderson e muitas especulações quanto às possibilidades de nomes do novo comandante técnico do Tricolor de Porto Alegre.
Houve até uma suposição de que a diretoria gremista havia entrado em contato com o comando técnico do Furão Tricolor tal foi a importância do desempenho tático do tricolor da serra no último jogo.
Também foram abordados os preparativos para o próximo jogo que acontecerá no próximo sábado em Vacaria(RS) frente a boa equipe do E.C. Brasil.
A partir de quarta-feira o programa estará no ar na Web Rádio Mustela que pode ser acessada diretamente no site do Deportivo Mustela ou ainda ser ouvida diretamente no seu celular, baixando o aplicativo iRadios que possibilida ouvir a Web Rádio do Deportivo Mustela.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Os times gaúchos e as presepadas

Para ganhar um título antes de mais nada é necessário planejar, preparar-se e executar tudo conforme planejado e ter a perspicácia para fazer as correções de rumos no momento exato.
Nessa ciranda a dupla Gre-Nal tem dado aulas de incompetência, presepadas e inúmeros testes da paciência e paixão dos seus torcedores.
Voltamos alguns anos e vimos nossos dois maiores clubes se digladiando nos bastidores para ver quem sediaria os jogos da Copa do Mundo de 2014 em seus estádios. Nessa ciranda o Internacional perdeu o foco no Brasileiro e Mundial de Clubes de 2010 e o resultado todos os gaúchos lembram - o Mazembe proporcionou a última grande VERGONHA aos vermelhos e ALEGRIA aos azuis. Tanto que na véspera do Mundial, todos reunidos em Dubai e veio a ordem para demolir o Beira-rio.
Do outro lado, Paulo Odone tentava uma insana artimanha para levar os jogos para a nova casa azul, construída rapidamente e longe da unanimidade entre torcedores e conselho que viam no Estádio Olímpico a maior identidade gremista. Agora nos levantamentos comparativos das declarações dos bens de candidatos talvez o grande efeito Arena/OAS - o crescimento vertiginoso do patrimônio do Deputado Paulo Odone Araújo Ribeiro que em tempo ele atribuiu a uma herança.
Sem comando e pouco treino
Isso passados vários anos, a dupla Gre-Nal só encolheu. Os títulos se resumiram ao regional, os dois enganaram-se e enganaram seus torcedores com novos estádios, o Inter com títulos regionais e o Grêmio comemorando vagas em Libertadores mas o fato é que quando as disputas cobravam um pouco mais de qualidade e bala na agulha para ganhar alguma coisa ambos fraquejaram.
O Inter com 100 mil sócios, time normalmente recheado de bons jogadores mas o rendimento em campo era pífio. O time de Falcão fora eliminado para o cambaleante Peñarol em casa depois de empatar em Montividéo, depois veio Dorival Junior e também fora engolido pelo vestiário, na sequencia Dunga que fez um pacto com D'Alessandro mas esqueceu de convencer os outros trinta jogadores de que um time é pelo menos 11 em campo e quase que o time vai parar na Série B nacional.
Eis que assume Giovanni Luigi e até aqui a maior herança dele foi negociar com a Andrade Gutierres com a paciência de um monge. Infelizmente ele emprega a mesma paciência com o time e o resultado está sendo um segundo ano de mandato que em campo deve se resumir a dois gauchões e mais nada.
Para esse ano, contratações fracas (para mim a mais importante e que poderá ser produtiva é o retorno do investidor Delcir Sonda, afinal futebol é dinheiro) e duas contratações difíceis de entender. Os dois Wellingtons, quando uma das possibilidades era faturar um título pela Copa do Brasil, duas contratações não poderão jogar a competição.
Não bastando os erros dentro de campo parecem seguir na mesma linha, enquanto a diretoria aproveitava a Copa do Mundo, o time sem comando vai para o Costão do Santinho(SC) treinar em um CT que mais parecia um potreiro com objetivos distintos: o Abelão foi apreciar a pesca de tainha na praia, os jogadores para aperfeiçoar técnicas de MMA e borracheira, na volta perde para o Corinthians em tempo record de dar inveja a seleção de Felipão.
O Grêmio que passou já uma década comemorando ora renegados gauchões, ora vagas, ora lembranças de Kidiaba & Cia, tem lampejos de fanfarronice trazendo um tal Gladiador para por na Arena ou por vezes o Renato Gaúcho que fala mais do que treina - mas o fato é que time que é bom faz tempo que não monta um. Aliás quando aparece um jogador com potencial de venda a caixa registradora faz barulho imediatamente.
Mas é bom lembrar que o Grêmio em tempos de pagamentos de dívidas investiu em nomes que deram pouco resultado: Kleber, Rodolpho, Fábio Aurélio, Zé Roberto, Marcelo Moreno, Elano, Vanderlei Luxemburgo - aliás muitos deles ainda estão na folha de pagamento tricolor.
Agora entramos em 2014, e assim como o Inter o Grêmio inicia o ano enganando jogando pouco, classifica-se num grupo tido como o Grupo da Morte mas que com o andar da carruagem mostrou-se muito frágil e assim como outro classificado caiu logo adiante. Sobrou o gauchão e Enderson Moreira que quando chegou ao tricolor cuspiu no prato vermelho e acabou tomando dois sarandeio em dois Gre-Nais e ai o Koff deu a primeira demonstração de bússola quebrada tentando desmerecer o gauchão. 
Felipão, Tite e Roth, quem vem?
Aí vem a Copa, assim como o Inter um mês para treinar ou pensar em trocar de treinador o time vai para a parada com uma pífia atuação frente ao Palmeiras no Alfredo Jaconi, mantém o treinador, até que em um treino os reservas metem 7 a 0 nos titulares, e depois em plena arena o quase lanterna Coritiba do Celso Roth vence o Grêmio num jogo de duas viradas no dia em que até o Barcos desencantou e a direção descobre que o Enderson Moreira é um excelente treinador, que é de difícil substituição (palavras do cambaleante Fábio Koff) deve ser substituido no comando do time.
É com esse grau de planejamento e convicção no trabalho que nós torcedores da dupla Gre-Nal iremos para mais um fim de ano sem qualquer título de expressão dos nossos times.

Autoriza o árbitro, partiu e...

Estendendo mais uma parte do trabalho da Web Rádio Mustela, estamos criando este espaço para que sejam propostas discussões e comentários que possam servir de tema para os debates que venham a ocorrer no programa Na Marca da Cal.
Para a próxima edição acredito que teremos uma grande pauta, visto que teve Mustela em campo e jogando bem, primeira vitória do Inter no Brasileirão, demissão do treinador do Grêmio Enderson Moreira, nome para assumir o comando técnico do Grêmio.
Além disso este espaço está aberto aos moderadores para expressar suas opiniões e comentários.